Bons casos de amor começam com um começo. Mas o meu não teve começo, apenas fins. Desse jeito mesmo, no plural. Com algum esforço eu ainda me lembro do meio, mas do começo jamais!
E assim foram dois anos bem vividos, finalizando coisas, sem nunca ter colocado a pedra fundamental em lugar algum, mas tendo cercado nosso espaço para que ninguém chegasse perto. Tudo confortável, tranqüilo e pacato como um pequeno agricultor que cultiva seu sustento e se satisfaz com aquele pequeno terreno.
Mas aí ou vem uma peste e acaba com a sua plantação. Ou a tal evolução das coisas, que deixa as pessoas sem saber cuidar de pequenos cercadinhos, de detalhes, e ir colher e amar algo maior, em outro lugar. E então, ou você termina a vida com dinheiro no bolso ou só desabafa em textos e palavras sem muito sentido.