domingo, 28 de dezembro de 2008

Reflexões de fim

Mais um fim de ano. Mais uma época de reflexão. Creio que não há sujeito algum no mundo que não pare, ao menos por alguns instantes, em final de ano. Pra pensar, pra rir, pra chorar, pra planejar, pra sonhar.

Eu também parei. Alias, tô parada. Estou pensando, analisando o meu ano. E só tenho a agradecer.
Se eu pudesse definir este ano em apenas uma palavra, diria que ele foi engraçado.
Não apenas por ter sido recheado de boas risadas, mas porque foi um ano em que tudo aconteceu de maneira diferente ao que eu almejava. E foi tudo muito bom. Engraçado.

Arrumei um emprego novo. Arrumei amigos novos. Arrumei sonhos novos. Mas me mantive desarrumada.
Fiz questão de manter alguns pontos em desordem. Acho que a vida não tem sentido quando tudo está com sentido.
Continuei sentindo e, quando você sente verdadeiramente, o sentido não dura muito tempo.

Mas mesmo com alguma desordem, este ano também me esclareceu muitas coisas. Inclusive que rir é um antídoto para quase todos os males.
Tirei pesos que por muitos anos eu fiz questão de carregar. Pesos totalmente desnecessários.

Ah, como é bom caminhar leve, feliz...e sorrindo!!!
Só lamento ele não ter sorrido comigo. Ele não ter compreendido o meu riso...Que fique com a certeza de sua dúvidas.

Agora, para o próximo ano e para toda a vida, eu quero gente leve, de cara lavada e alma exposta. Cansei de esconderijos. Vamos mostrar ao mundo ao que viemos.

E se nada der certo?
Alguma coisa dá plenamente certo???

Sorria, você está sendo filmado...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Valer a Pena

TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA.
Fernando Pessoa

Este valer a pena é tão grande que assusta. Assusta pensar que TUDO vale a pena.
Ora, ora, não é assim que fui ensinada. Há várias regras e conceitos a serem cumpridos que precisam ser levados em contas, ainda que não valha tanto a pena.
Foi assim que eu pensei durante alguns anos. Foram pensamentos como este que me fizeram uma pessoa angustiada, pesada. Foi o meu tempo de perfeição. Quanta ironia!!!

Eu, por muito tempo, busquei a perfeição. Sim, ao total do contrário do que sou hoje. Talvez quem me conheça hoje ache esta afirmação uma piada. E, de fato, é mesmo. Querer a perfeição só pode ser uma piada. Uma piada passada de geração em geração.
Uma idealização elaborada por algum brincalhão muito esperto que jamais imaginou que a humanidade criaria tantos estudos e técnicas almejando a perfeição.

Já diria Voltaire:
Deus é um comediante a atuar para uma platéia assustada demais para rir.”

Hoje, livre da tortura de querer a perfeição, da insistência em caber em determinados moldes, sei que realmente tudo vale a pena. E eu poderia citar aqui inúmeras situações, pessoais ou mesmo ilusórias, mas o VALER A PENA, não preciso de complemento ou ilustrações.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Gente chata

Gente chata esse pessoal que é legal o tempo todo.
Contraditório? Talvez, mas apenas para quem se limita a uma visão superficial.

Quando me falam que alguém é “mó legal”, já não tenho a menor vontade em conhecer. Na verdade, porque já o conheço previamente. Esse alguém é gentil, cordial, ri e cumprimenta a todos na hora correta. Dá o tapinha nas costas no momento exato, convive harmoniosamente em grupos, seja este qual for. Adapta-se a estilos, pessoas e lugares. É sempre solicitado por amigos, colegas, familiares. Tem o dom de fazer todos “felizes”. Ou seja, é aquela pessoa que não te acrescenta nenhum desafio, é o amigo ideal para quem gosta de mesmice.

Agora, quando me falam mal de alguém, que foi chato, inconveniente, já me interesso na hora. Se a pessoa foi chata, sinal que ela descordou de você, logo, possui uma opinião, não diz amém a tudo que lhe é exposto. Isto pra ficar num exemplo simples e cotidiano, porque os chatos têm um montão de vantagens.

Eles nos fazem utilizar diversos sentidos para conhecê-los. Não nos oferecem conhecimento prévio, como os legais. Exigem coragem e disposição para conhecê-los por detrás da capa. São, na maioria das vezes, autênticos. Não se importam com a opinião alheia. Sabem que essa opinião de legais é muito generalista, abrangente e...rasa!!!
Porque eles sabem que curtir a vida, não é ir ou fazer o que todo mundo faz.

Alias, todo mundo é típico dos legais.
Todo mundo gosta dela.
Todo mundo vai.
Todo mundo ouve.
Todo mundo faz.
Todo mundo sabe.
Todo mundo é legal.

Todo mundo é muita gente e eu prefiro grupos menores, seletos. Todo mundo anda legal demais para o meu gosto!!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sinfonia de fim de semana

Sono, ônibus, indecisão.
RISOS.
Definição, exposição, aquisição
RISOS.
Conhecimento, perdição, alimentação.
RISOS.
Compras, cultura, liberdade.
RISOS.
Parque, luzes, andanças.
RISOS.
Enjoou, dor de cabeça, sono

Expectativa, saída, encontro.
RISOS.
Espera, percurso, adrenalina.
RISOS.
Recepção, onomatopéias, inquietações.
RISOS.
Jogo, surpresa, admiração.
RISOS.
Refeição, desembaraço, flash.
RISOS.
Sorteio, suspense, decepção.
RISOS.
Volta, adrenalina, lorotas.
RISOS.
Sorvete, impressões, afinidades.
RISOS
Partida, desejo, amigos.

Se não for divertido, não faça!!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

O casal do trem

Ah, o amor...Cada vez mais raro de ver. Este parece ser um privilégio de poucas relações, enquanto deveria ser ELE a base para qualquer boa relação. Mas os alicerces têm sido criados de forma tão diferente, outras facetas o substituíram.

Mas nesse momento quero falar sim do amor de casal, aquele talvez mais distante do mundo, do meu mundo.

Olho casais a minha volta e me entristece. A forma como se comunicam, e neste caso não falo apenas de palavras, é tão mecânica, como se de repente, nós humanos, tivéssemos nos tornados robóticos, industrializado. Os carinhos, os apelidos, os olhares, o abraço, o chamego...tudo parece sempre igual.

Nota-se empolgação, desejo (muito desejo!!!), carência, necessidade e até mesmo oportunidade. Mas não se vê amor. Não há amor. Não se sente o amor.

Talvez eu possa estar errada, afinal o amor não se vê mesmo. Falarei então de cumplicidade, o parceiro do amor (este “ser” sem definição).

Não falo, descrevo. O CASAL DO TREM. Numa dessas idas e vindas diárias a bordo da linha F, a gente vê de tudo. Mas poucas coisas verdadeiramente te tocam. Casais, beijos e até cenas mais “profundas” são freqüentes.

Desta vez não. Foi num lugar nada propício, numa quinta-feira chuvosa, de um final de ano, que eu vi O casal.

Eram dois jovens noivos (notei a aliança na mão direita), num canto do grande vagão. Eles não se olhavam. Hora ou outra se abraçavam. Pelo olhar dele, alguma coisa o afligia. Ela o beijava; nas costas. Ele apertava sua mão como quem se agarra a um único apoio. Mais um abraço. Aquele abraço forte, que protege como uma fortaleza. Ele se ajeita no colo dela. Ela o acolhe, com uma delicadeza e compreensão só existente numa relação de cúmplices. O trem pára. Aí eles se olham. Não dizem nada. Um beijo. Um selinho. O beijo mais intenso que eu já presenciei na vida. Cada um vai para um lado da estação. Eles estão juntos.

E eu, atenta, como uma espectadora que não deseja perder um segundo do filme. Eles nem notam.
É mesmo como um filme. Eles lá e eu cá. Em mundos completamente diferentes.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Simples

Hoje vi obviedades

Hoje vi gente humana, com atitude humana, essencialmente humana.

Hoje vi raridades.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Friedrich Nietzche

" O QUE NÓS FAZEMOS NUNCA É COMPREENDIDO, APENAS LOUVADO OU CONDENADO"

Este pensamento me esclareceu tanta coisa.
Cessou minhas angustias, desemparo ou aprovações.

Cobranças

Acordo com o toque do telefone. É a mocinha do telemarketing. Só para me lembrar o dia do vencimento da fatura do cartão. “Putz logo cedo cobrança”. Antes fosse só essa...

Inúmeras são as reclamações contra empresas de telemarketing. Mas se for pra reclamar de tudo que gera cobrança fora de hora, os fóruns e tribunais não dariam conta do recado.

Na escola, é dos professores;
Em casa, da família;
No estágio, do chefe, do chefão, da secretária dos chefes, da sala ao lado, do departamento acima, do público e de todos que possam acrescentar a sua “experiência”;
No banco, crédito;
Com os amigos, atenção;
No ônibus; o cobrador;
E até os desconhecidos (olhem só!!!) te cobram gentilezas, cordialidade;
Com os amores...Ah, os amores...O que nos cobram, o quanto exige...O que nos sobra.

Somos educados na base da cobra. Inicialmente cobra-se modos, cobra-se postura, cobra-se educação.
Mais tarde, cobra-se dedicação, esforço, atitude.
No fim, a conseqüência é que essa cobra pica, fere e se torna esse animal venenoso que és.

Pessoas intensas, alegres, animadas. E domesticada
Gente estranha, esquisita, isolada. E domada.

Não importa o que é. Você é fruto de algum dogma, planejado por alguém que jamais te conheceu, mas que já idealizava as forminhas corretas de utilização pessoal.

Fim do dia. O telefone toca. Não identifico o telefone. “Hummm. Quem será? O môzinho, a amiga, o desejado, contatos profissionais?”.

Ah desculpe, foi engano...
Avisam que me enganam!?

domingo, 16 de novembro de 2008

Estou só

O que é estar só?
É estar sem alguém ao lado?
Ou é estar com um multidão e ainda assim se sentir sozinho?
Será que "estar só" é mesmo limitado a esses tradicionais conceitos?

Eu estou só...Mas não é solidão!!!

Tão só que nem as palavras me acompanham neste texto.

Não posso definir o meu só.
Só sei que ele combina mais com -lidez do que com -lidão.

domingo, 31 de agosto de 2008

TEMPO


Uma Pausa.

Tempo. Algo que pode ser fácil e difícil de se escrever. Quando se ouve a palavra tempo, há de se observar um misto de sentimentos. Há aquele tempo de angustias, de ternura, de conflitos... Mas há sempre o tempo. E ele pode representar o que desejamos.

O ser humano está querendo sempre ocupar seu tempo, até porque, fomos educados que “tempo vazio” não é algo bom, não é produtivo e assim, o nosso tempo é sempre corrido, ocupadíssimo.

Com esta idéia de vida cheia, tempo escasso, acabamos por viver na espera. Na espera do próximo momento, do próximo tempo, da próxima hora, do próximo instante, da próxima vida!!!
E como resultado de todo esse conflito, observa-se o mundo atual. Uma sociedade sem tempo para os seus primordiais afazeres. Um estado em que o tempo é inteiramente nosso, mas o vendemos em troca de circunstâncias.

Não existem formulas milagrosas ou o jeito certo de compreender o tempo. Existem apenas maneiras diferentes de aproveita-lo. A cada um o seu modo. Mas que não nos tornemos escravo desse tempo, dessa tecnologia, dessa modernidade.

Vida. Uma dádiva do tempo. Viva.

Vale a pena refletir: “Acreditar em algo e não o viver é desonesto” GANDHI


sábado, 16 de agosto de 2008

Olimpíadas e Eleições

Mais uns palpites...
Os Jogos Olímpicos estão aí. Ou melhor, estão lá. Do outro lado do mundo.
E daqui a gente vai tentando acompanhar. Mas não estamos tentando entender. É importante ver as pessoas comentando. Seja dos esportes, dos países, afinal, quase todo diálogo é importante.

O que me surpreende é posição da mídia neste momento. Os comentários estão focados, em grande parte, apenas na situação política da China. Num ano decisivamente político no NOSSO país. Afinal, quem está atrasado, precisando de regras, educação, saneamento, educação, leis, habitação, desenvolvimento social e evolução humana não me parecem ser a 2º potência mundial.

E os tais comentários apresentam-se supérfluos, infundados e conformistas. Apontam os defeitos de lá para assim nos deparamos com as maravilhas daqui. Sejamos realistas: o decorrer dos nossos dias não é base para julgar nenhuma nação. Pessoas sem qualificação alguma resolveram “dar pitacos” e (olhem só!) sugestões na política chinesa. Às vezes acho que só há no Brasil programas humorísticos...

Dia desses li uma imensa reportagem apontando as falhas e esquisitices da China. Descreveram com repugnância o fato da população ter se habituado a usar fraldas geriátricas durante o longo período que permanecem no trânsito. Engraçado. Brasileiro vive na merda o tempo todo e se diz o povo mais feliz do mundo. Vai ver a repugnância se deve ao fato de se manter tão pouco tempo na merda. Tem quer ser em doses intensas como nós.

Que a china deve possuir imensos problemas, sem dúvidas. Sendo sociedades constituídas por humanos e, o ser humano por humanidade imperfeito, nenhuma sociedade será perfeita. Nós, eles e todo o mundo jamais atingiremos a perfeição. Mas um pouco de razão ao palpitar política é fundamental. Que tal pensar um pouquinho sobre a nossa, principalmente em mais um ano de eleições?
Sem esse papo de que política não se discute. É por não se discutir que está uma lambança
Mas esporte a gente discute né? E a lambança é a mesma...
Como eu disse no início, nem todo diálogo é produtivo.

Vou começar a estudar comunicação alienígena.



domingo, 10 de agosto de 2008

Cult (x.+) Saúde

Breve passagem...

A pessoa culta pouco provavelmente é saudável. E a reciprocidade, idem.
Cultura e saúde não habitam o mesmo corpo.
Impossível comer uma fruta como petisco enquanto se lê um livro. Meleca!!!
Impossível se concentrar numa leitura fazendo abdominal. Meleca!!!
Impossível ser culto ou saudável sem se encontrar nas tarefas acima...

O mundo te cobra saúde e cultura não é mesmo? Entendendo esse tal mundo como pessoas, exige-se cultura pra enganar o caixa do mercado e saúde pra poder chamar a atenção do sexo oposto. E de repente fica fácil aliar os dois adjetivos a humanidade

É preciso ser inteligente. E ser inteligente hoje, tem moldes. É preciso ser saudável ou cult. É preciso formas. Decore a sua e saia por aí repetindo-a concisamente de tal forma que o mundo a aceite como inteligência. É fácil. Cultura ou saudavelmente falando não há segredos. Existem regras básicas de inteligência que você encontra em palestras, livrinhos. Sempre há alguém disponível a decifrar e aceitar inteligências enlatadas.

Cultura virou termo para sacanear alguém. Saúde virou programa.
E a inteligência padronizou-se entre esses dois itens.

E a gente segue...Espertinhos. É a modernidade, evolução.
Uebaaa!!!!!!!!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Unidade

Desinforme.

Quando criei este blog, a idéia era fazer um balanço dos acontecimentos gerais com opinião própria. Hoje, algum tempo depois, vejo que ainda não estou no caminho idealizado. Sempre olho, sinto o meu redor, mas acabo por descrever particularidades. E isto muito me surpreende, pois sou extremamente reservada.

Pensei em cancelar, apagar tudo isto, afinal, queria um blog profissional caramba. Mas desta vez não agi no “estalo”. Refleti.

Almejava sim exercer apenas profissionalismo nestas páginas, mas analisando-me vi que minha alma e minha profissão são parceiras de jornada. Essencialmente juntas...

Uma grande profissional só existe a partir de sólidos alicerces, e são estes que vêem sendo construídos atualmente.

Sem extremismos, sabemos que a imparcialidade é utópica e, comigo não seria diferente.
Procuro o conhecimento técnico com raízes pessoais, porque é a partir destas que pretendo crescer. Sou ampla, sou única. Misturo-me, me perco, mas não mais me divido.

Não deixo meus sentimentos de lado. Vi a frieza, o domínio, as divisões e percebi que não posso ser assim. Divisões diminuem. Eu quero soma.

Sei do que posso. Sei o que devo. E tenho dimensões do caminho a percorrer...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Vi-vendo

Texto em desordem, sem importância ou relevância alguma

Queria escrever. Queria falar. Mas talvez o momento seja apenas de sentimentos. Mas, quais sentimentos? Estou feliz, mas isto não é sentimento, é decisão. Assim como você decide ser leal, honesto, fiel, escolhe também ser feliz. E esta atitude eu já tomei. Ainda que esta felicidade inclua dias nebulosos, horas conflitantes e caminhos irregulares...Fraquezas de todo ser humano. Falando em fraqueza, li uma frase brilhante de Machado de Assis, eis a idéia:

não suporto lágrimas. Ainda que em rostos de mulheres, que podem ser delicadas, pois representam fraquezas. E eu nasci com tédio aos fracos.”

Concordo inteiramente. Mais do que uma fraqueza momentânea, lágrimas é desânimo, é perca, é desistência. É uma fraqueza irracional. E não tenho tédio somente aos fracos, mas principalmente aos humanos “não pensantes”. Excesso de lágrimas é falta de ação.

Choro, como se pode observar no texto anterior, mas apenas em situações que não estão sob meu domínio. De resto é mão na massa, ou ao menos voz, para pedir ajuda. Ops, indicações!!!

São só palavras...de alguém que está louca pra gritar para apenas um pessoa. E.L.E.

Coisas do coração...ele é mesmo um bobalhão desarmonizado. E por isso eu prefiro a cabeça. Mas como uma pessoa imparcial, vez ou outra deixo ele também se pronunciar, ainda que não completamente. É a cabeça, sempre superior!!!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

DESABAFO

Tá tudo errado, tá tudo invertido.
Ao ligar a TV ao amanhecer, tive uma das piores sensações que se pode ter.
Agora já não somos mais reféns somente de criminosos e políticos. A polícia mata e infelizmente não são os bandidos, pois com estes há “acordinhos” e até certos limites.

Mais gente morta. Mais uma criança morta. Menos uma esperança.

O
desespero e comoção nas palavras do pai de João Roberto, assassinado por policiais no Rio de Janeiro, a tal cidade maravilhosa, fizeram as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Todos se perguntam, até quando? Mas também levantam as mãos ao céu e agradecem por não ser contigo. Enquanto o problema for grave, mas dos outros, a situação só tende a piorar.
Choram, entristecem-se, até arriscam algumas idéias revolucionárias, mas logo se ajeitam para o encontro com a tchurma.

Somos um país medíocre. Submisso. Já fui patriota, hoje não mais. O responsável por todos este caos é a sociedade brasileira. Eu, você, nós. Todos juntos e imundos. Todos covardes.

Tô cansada de gente mesquinha, que não se importa, não se comove, que não sente, que ama apenas seus círculos. Viver é muito maior...

Eu estou de luto:
Por João Roberto;
Por centenas de crianças que são mortas diariamente e nos arrancam as esperanças de vivermos num país melhor;
Pela racionalidade humana, substituida pela futilidade imbecil;
Pelo AMOR, que hoje em dia é visto como um misto de qualquer outra coisa, menos essencialmente amor;


Tem fatos que não nos bastam boas palavra, é preciso atitude.
Pense grande. Se não somos fortes o bastante para uma revolução, que sejamos ao menos cordiais, amáveis, racionais...

Se não for capaz de possuir tais sentimentos por compaixão, seja então egoísta: afinal um mundo melhor, é melhor para você mesmo!!!

domingo, 6 de julho de 2008

Coração x Cabeça

A cabeça pensa;
o coração sente.

A cabeça está sempre a mostra;
o coração, escondido.

A cabeça é conjunto;
o coração, solitário.

A cabeça compartilha funções;
o coração age só.

A cabeça trabalha pelo corpo;
o coração pelo sangue.

A cabeça sonha;
o coração bate...

Até anatomicamente a cabeça está a frente!!!

domingo, 29 de junho de 2008

CLARICE LISPECTOR, falando por mim

...quando pensamentos não exigem complemento algum.

"... Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque eu sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda eu não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque eu ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. (...) Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes..." (Clarice Lispector)
Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem...

sábado, 28 de junho de 2008

PENSAMENTOS BAIXO

Pra não dizer inúteis...


Meu pé tá uma bagaço, não tem mais espaço pra bolhas. Sai chique e voltei acabada. Não nasci fina, não me tornei fina, meu negócio é mesmo um all star (que por sinal, tô doida por um roxo). Mas estas bolhinhas me fizeram pensar. Primeiro, apenas fisicamente: se o sapato apertou, logicamente, precisaria de mais espaço. E ao invés disso, surge mais corpo (?). Não entendo. Existem explicações científicas, certo. Mas queria algo mais abstrato, sensato e satisfatório.

Além deste aperto, outros pensamentos surgiram. Não é que muitas vezes a vida é um pé com sapato apertado. Te pressionam, pressionam e o resultado parece lógico: você se incha, se explode, se torna alguém pesado. Daí nascem os infartos e outros tantos males da nossa não saúde.

Ninguém diz que gosta de viver sobre pressão e, também está comprovado que não é lá uma das situações mais confortáveis. Mas é a pressão que faz uma evolução mais veloz e significativa. Afinal, ainda que mais arriscado, é em panela de pressão que tudo cozinha mais rápido...

Eu aprendi que situações tensas, de pressão, de desilusão e as vezes até de desespero, é o que me faz crescer. Tenho enfrentado alguns desses momentos e a cada etapa vivida, sinto que me torno uma pessoa melhor, mais bem resolvida.

Uma vez li sobre um fato em que uma senhora ajudou um rapaz, que parecia um turista perdido no Rio de Janeiro. Pagou-lhe a diaria em um hotel e lhe deu alguns trocados para que passasse alguns dias. Dias após, viu na TV: "um falso turista aplicou golpes em cidadãos cariocas". O que poderia se tornar uma descrença na humanidade, teve uma humana resposta: "não será isto que vai me fazer desacreditar nas pessoas".
E é exatamente assim que tenho levado minha vida. Minhas atitudes dependem exclusivamente do meu caráter e não será induzida por comportamentos alheios...

Nossa, como umas bolhas me levaram longe...Ah, e eu não preciso de salto pra subir na vida!!!

terça-feira, 17 de junho de 2008

"COISAS" MINHA

Saudades

Ta aí algo que não sei sentir. Não é só uma dor. É um vazio imensurável.
Saber que houve momentos bons, não me basta. Eu queria estar sempre os vivendo. Eu gostaria de nunca me distanciar de algumas pessoas.
Eu gostaria que a vida fosse sempre viva. Mas ela geralmente é vida...
Saudades, não se tem mesmo muito a dizer, pois este vazio cessa às minhas palavras. Saudade é amor. Com uma dose de realidade. E amor, não se define...Alimenta-se apenas.

Sinto diversas saudades. E o que mais me incomoda, não é apenas saber que são momentos que não mais viverei. É ter a certeza que a vida os levará de mim. E eu, que sou quase sempre razão, me antecipo nesta dor. Coisas da roda vida. Vida roda!!!

Saudades...

MARCIO, o Peperone: o amigo ausente com uma constante presença. Seu sorriso e perseverança inundaram a minha alma da forma mais intensa possível. Ouviu-me. Me entendeu. Foi além. Ensinou-me que o amor existe, e sua fórmula mais natural está na amizade. E que a distância não existe entre corações.

SILVINHA: a amiga de todos os dias. Aquela que eu sinto saudades mesmo com a certeza de reencontrá-la amanhã. Sempre faltam boas palavras para dizer qualquer coisa SOBRE ela. Já COM ela falta tempo e sobram palavras, cumplicidade, companheirismo.

CORA: a minha melhor amiga de infância. Que hoje, infelizmente, não tenho mais contato. Mas que terá pra sempre o meu carinho, orgulho e total admiração. Pequenina grande pessoa. Decidida, inteligente, leve, esforçada. LINDA!!!

...e outros tantos amores, que me ajudaram a crescer e evoluir.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Mentira

Sim, é tudo mentira

Acho engraçado quando vejo as pessoas dizerem que odeiam mentira. É a MAIOR mentira que eu já ouvi na vida. O que seria da humanidade se não existisse a mentira?
Quem nunca mentiu, e muitas vezes nesta vida...

A mentira é o que mantém a sociedade ativa. A gente mente todo dia. É humano, é racional. Mentimos pra manter o emprego, pra pagar uma conta, pro professor, em casa, nem que seja pra dizer que não tem troco, quando quer trocar o dinheiro, mas a gente tá sempre na base da mentira.

As pessoas andam tão submissas que não conseguem nem ao menos definir suas atitudes: "ah, mas isto não é mentira". Quanta hipocrisia. Além de submissa, a humanidade anda covarde. Adora bla-bla-blas, julgar, apontar e não tem coragem de assumir atos. Tudo bem, não espero que ninguém confesse suas mentiras, isto é impossível. Mas sem essa de dizer que ODEIA MENTIRA. Ahhh, e vou encomendar meu presentinho do Papai Noel.

Eu minto. Invento. Aumento. Diminuo...A vida é uma história, vence o melhor narrador!!!

Mas sou verdadeira também. Só minto pra humorizar kkkkkkkk MENTIRAAAAA. Acho que ninguém sabe porque mente, a gente só mente e pronto...já se torna hábito.

Pra todos que vão pensar um monte de ladainhas. Para os que vão se afastar. Há os que terão receio de me contar algo, pensem: isto tudo é verdade, ou mais uma mentirinha???
Tô gostando disso aqui...
DESINFORME-SE

sábado, 14 de junho de 2008

PRIMEIRA VEZ


Por que escrevo? Para quem? O quê?

Primeira vez é sempre complicado mesmo, a gente nunca sabe o que fazer.
Blog...Desinforme...São só palavras. Acho que por este enredo já da pra notar que não é algo a ser levado muito sério. Certa autora ( que se não me engano, foi Cecília Meireles) disse uma vez: "escrevo apenas para me ouvir". E acho que também tô nessa. Como estudante de jornalismo (não, tô longe, bem longe, do plim-plim da Globo), sei o poder que as palavras possuem, mas acho que no fim das contas a gente grita é mesmo pra nossa alma.

É isso, o que escreverei por aqui, são apenas relatos, sonhos, descrença, opiniões...São só palavras...As vezes árduas, as vezes leve, as vezes um suspiro...E sempre com reticências, esses três pontinhos que é o meu maior vício. Sempre acho que o assunto é subjetivo, poucas vezes tem um fim concreto. Tá, nada a ver. Sei lá, acho que tô sempre esperando que alguém me acompanhe nas minhas idéias absurdas.

COMENTÁRIOS: putz, se alguém chegar aqui e conseguir ler alguns parágrafos, comenta aí. Xingue, late, dê sugestões, apoio, pedras, idéias...tudo mesmo é bem vindo. Nem sempre bem absorvido, mas garanto que leio, reflito sempre. Por sinal, penso demais. E não tenho a menor idéia se isto é bom ou ruim.

Nuoossaa, pra uma primeira vez até que escrevi demais. Sim, eu sempre falo demais mesmo. Embora pra algumas pessoas e momentos, eu seja muda. É melhor assim...