domingo, 5 de dezembro de 2010

Amor sem detalhe

Bons casos de amor começam com um começo. Mas o meu não teve começo, apenas fins. Desse jeito mesmo, no plural. Com algum esforço eu ainda me lembro do meio, mas do começo jamais!


Da primeira vez que ficamos era o meu fim de um outro relacionamento. Depois foram vários encontros em fins de festa. Volta e meia nos falamos no fim do dia. Quando ele consegue algo, sempre comemora comigo. Ele nunca representou começo de nada, mas eu cismava em terminar noites no colo dele!


E assim foram dois anos bem vividos, finalizando coisas, sem nunca ter colocado a pedra fundamental em lugar algum, mas tendo cercado nosso espaço para que ninguém chegasse perto. Tudo confortável, tranqüilo e pacato como um pequeno agricultor que cultiva seu sustento e se satisfaz com aquele pequeno terreno.


Mas aí ou vem uma peste e acaba com a sua plantação. Ou a tal evolução das coisas, que deixa as pessoas sem saber cuidar de pequenos cercadinhos, de detalhes, e ir colher e amar algo maior, em outro lugar. E então, ou você termina a vida com dinheiro no bolso ou só desabafa em textos e palavras sem muito sentido.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Nada substitui o pão

Os veículos de informação do Brasil, ao menos no seu jargão, não fazem propaganda enganosa.


Diário de Suzano: Sempre mais informação

Mogi News: Muito mais notícia

Estadão: Muito mais conteúdo

(numa breve leitura do que me veio à memória, depois acrescento outros)


Além da evidente falta de criatividade, os informativos deixam clara a missão de nos entupir de mensagens, não necessariamente de qualidade.

Por isso, ainda fico no pãozinho francês. Sustenta e é sincero no rótulo. “Motivo pelo qual não fazemos o maior e sim o melhor”. Alguém arrisca a dizer qual seria o slogan se o pãozinho fosse brasileiro?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Resposta de chefe

É meu caro, esse gosto por simplicidades que nos torna tão indecifraveis;

Esse desejo de querer muito o tão pouco que nos torna rebeldes...

Esses sentimentos inatos que são substituídos por padrões solicitados;

E essa caminhada estéril, que as vezes deixa sem vida nosso tempo..


SEI BEM COMO É TUDO ISTO!

domingo, 31 de janeiro de 2010

2009

Com algum atraso, tava pensando aqui no ano passado. Sem dúvida o ano de maior movimento da minha vida adulta. Muita coisa aconteceu. Amores, emprego, estudo. Foi tudo de um lado pro outro, numa bagunça geral. Não tive bons resultados ou grandes conquistas, mas me felicita saber que vivi.



"Inteligência é movimento". Me fizeram ser inteligente. Porque certamente 2009 não foi ano idealizado, pensado. Eu fui uma pecinha no tabuleiro e o danado do senhor Deus ficou lá mudando o jogo a todo tempo, fazendo altas jogadas estratégicas. Só não teve checkmate.



sábado, 30 de janeiro de 2010

E O RIO DE JANEIRO CONTINUA INDO

(texto de um maluco, que me faz ter certeza que existem pessoas que pensam e agem exatamente igual neste mundo)


Eu mando mensagens pra pessoas que gosto de madrugada. Continuo fazendo isso. Foi o que fiz nessa madrugada carioca. Fico assim quando estou bêbado de madrugada. Querendo me comunicar com as pessoas que gosto. Pelo menos as que eu acredito que não vou incomodar. Gosto de ser assim. Eu sei que algumas estão dormindo e nem viram a minha msg. Algumas me respondem carinhosamente. Outras até me ligam de volta no meu celular com chip carioca e ficam um tempão conversando comigo. Bom saber que não tô sozinho quando preciso delas. Converso, ouço elas falarem, digo coisas que pelo menos pra mim tem o mó sentido. Era pra eu ter ido dormir há mais de cinco horas. Todo mundo foi. Até a Paulinha. Eu fiquei com sono, bebendo. E mando mensagens pra pessoas que gosto de madrugada. Acho que o celular é uma invenção muito bacana. Aproxima as pessoas que se gostam. Fiquei na Pizzaria Guanabara conversando com a Bia, a Camila e o Ricardo. A Camila foi embora. A gente continuou. O Ricardo me conta que tem uma empregada que se chama Lucineide. O apelido dela é "Alucineide". Saca só o naipe dela. O Ricardo conta que falou pra ela : "Alucineide, pega uma garrafa de coca pra mim na geladeira". Lucineide foi e voltou: "Olha, seu Ricardo, eu fui lá. Tem garrafa deitada, de pé, mas "di coca" não tem não" Genial. Aí Ricardo perguntou pra Lucineide: "Ei, Alucineide, qual é a distancia de Copacabana até o Leme?". E a Lucineide respondeu: "Olha, seu Ricardo, a distancia de Copacabana até o Leme eu não sei não. O que eu sei é que do Leme até Copacabana deve ter tipo uns 10 Km". É por isso que eu demoro pra dormir. Já é de manhã, o sol tá rachando lá fora. Eu tenho a praia do Leblon pra ir caminhando arrastando meus coturnos na contra-mão dos saudáveis praticantes de jogging. Gosto disso. Como prêmio tenho um café da manhã de hotel cinco estrelas. A vida pode ser muito boa, meu camarada. Não deixe nenhum sucida maluco te convencer do contrário. E não pensem que eu estou aqui falando de felicidade. Eu não falo desse tipo de bobagem. Ando insistindo nisso. Tô falando de serenidade. Tô falando de voltar pro hotel andando sob o sol causticante dessa manhã do Leblon. Tô falando de tomar um café da manhã olhando o mar pela janela do restaurante. Tô falando de saber que há pessoas queridas que respondem mensagens de um bêbado impertinente de madrugada. Tô falando de algo tão fácil de sacar, mas que ninguém percebe porque tá todo mundo com pressa demais de ser feliz, de ser bem sucedido, de ficar rico ou qualquer merda dessa. Você vão por aí que eu vou por aqui, falou? Talvez a gente se trombe qualquer hora dessas, mas se não acontecer, tá tudo bem. Tá mesmo tudo muito bem. Bom dia pra vocês.


(texto do dramaturgo Mário Bortolloto, publicado em 18/11/2009 em seu blog http://atirenodramaturgo.zip.net/ )

Minha música

Tá ficando mais difícil a cada dia. São poucos os lugares onde se pode dançar nessa vida. Eu não me forço mais às baladas. Acho mancada essas casas noturnas proibida para menores de 18 anos. Essa é a idade mental limite de alguém achar alguma diversão nisso.


Eu gosto de dançar, dar risada, encontrar gente divertida e beber alguns muitos mililitros de álcool. Danço no embalo da conversas, no barulho das ruas, das brigas das tristezas e alegrias. Limito minha simpatia, meu carisma, meus medos, mas não limito minha música. Ouço coisas em todo lugar. E danço. E ao contrário do ditado, não danço conforme a música.


Danço como sinto. Danço pra viver. Danço essa grande vida que não é resumida em passinhos e coreografias. Danço nas esquinas da vida, nos becos sem saída, nos botecos com torresmo e sardinha. Só não me convide pra “pista”, esses lugares que eu tenho que pagar pra ainda agradar. E que fico impedida de ouvir música, ao ser abafada com tanto som.


Aprendi a dançar ontem, numa noite espetacular de sexta feira. Mas aprender a dançar não é definitivo. É ocasional, é fenomenal. É sonho, é desejo, é impulso. E aconchego, claro! E eu só quero novos toques nessa melodia.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A unanimidade é burra

Mãe, avós, amigos, colegas, conhecidos, vizinhos, chefe, ex chefe. Todos são unânimes: você tem que namorar, ja tá tempo demais solteira.

Gui - sobrinho - 5 anos: "A minha tia não precisa namorar porque já tem eu pra gostar muitão."
Rayra - afilhada adotada - 9 anos: "A Nise só vai namorar quando cansar de brincar com a gente."

E eu?

♪ eu fico com a pureza da resposta das criança / é a vida / é bonita e é bonita

domingo, 24 de janeiro de 2010

A inquietante busca de um trabalho

E você sai de mais uma seleção. A única certeza é que continua desempregada. Depois do mal estar momentâneo e de se achar cada vez mais incapaz, você começa a analisar a situação. Não ajuda em muita coisa, mas eu continuo a alimentar a minha inútil mania de observar.

Uma psicóloga, baseada numas idéias de um cidadão de outro mundo, de outro contexto e de outro tempo decide te julgar. Julgar seu perfil. E aí, você até sabe os bla-bla-bla que tem de ser dito, mas depois de ouvir a mesma ladainha de 20 pessoas, decide continuar a ser você. E é óbvio que não seria aprovada para trabalhar no sistema bancário. Puta ironia!!! Uma simples consulta do meu nome no Google já evitaria o desperdício de me chamar. Mas já que eu fui até lá e o salário era bom, me submeti a tal da seleção. Vamos rir um pouco.

1ª fase: fazer uma redação com o tema “Minhas expectativas profissionais”.
Eu escrevo um monte de ladainha e termino com a frase. “Uma das minhas principais características é saber respeitar o meu tempo e o dos outros.” Que burraaaaaaaaa!!! E banco lá quer saber de tempo. É uma corrida contra o tempo e eu lá pensando em respeito.

2ª fase: apresentação (esta é a mais longa e divertida). Tinha alguns tópicos a atender (supimpas, claro!)
- nome, idade
- com quem mora
- trabalhos que já realizou
- diferenciais
- dica cultural
- porque deveria ser contratado

Eram vinte candidatos. Essa fase durou mais de uma hora. Mas poderia ter terminado em cinco minutos. Entre todos, foram citados três diferencias: vontade de aprender, ser arrojado e persistente. Todos, absolutamente todos deveriam ser contratados porque “aquela vaga era a cara deles, tinha tudo a ver”. Única e simplesmente isto. E a dica cultural, essa foi a melhor, eu até que tentei segurar o riso, mas o espetáculo era bom demais. Tinha os mais cult, que indicavam livros: “Quem mexeu no meu queijo?” e o “O monge e o executivo” (acho idiotice ler best sellers. Todo mundo fica na mesma forminha, igualzinho. Eu já aprendi marchar quando participava de fanfarra. Basta!). Mas também tinha os descolados, que falavam que o SESC atende a qualquer público (não me convenceram que só conhecem os “TI-BUM do Itaquera). E claro, o povo natureba, que ficou entre o Ibirapuera e o VilLa Lobos (sobre o Ibirapuera acho que não precisa de indicações e quanto a mocinha que indicou o Villa Lobos, disse que vai lá sempre andar de bicicleta. Mentiraaaaaaa, se assim fosse não estaria gorda daquele jeito hehe). O trecho mais longo foi o pessoal falando sobre o trabalho. Como trabalha esse povo desempregado hein!!!

3ª Teste individuais de português e matemática.
O lado bom: não ter mais que ouvir nada. O lado ruim: a matemática. Pensa em alguém que brigou com absolutamente todas as professoras dessa matéria. Eu não entendia, achava que a culpa era deles, professores do Estado vocês bem pode imaginar, e o resultado é uma pessoa incapaz de resolver qualquer coisa além de expressões numéricas.

E assim, depois de quatro horas eu me finalizo. Eu não segui nenhum roteiro. Acaba aquilo ali e acaba algumas outras coisas em mim.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Sobre o Balcap: Entre a comunicação e a (falta de) pedagogia

*Balcap – Balanço dos Cursos Articulados por Projeto.

Esse é o nome da festa de encerramento que a UMC (Universidade de Mogi das Cruzes) promove todo fim de ano para contemplar os melhores trabalhos dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo, Publicidade & Propaganda e Rádio &TV). A cerimônia é bacana, bem organizada, com sempre boas sacadas do magnífico Wanderley Bianko e uma vibração gostosa de se presenciar por parte dos alunos. Mas os fins não justificam os meios e, depois da euforia do momento e da formação em Jornalismo, a conclusão que tenho de tal premiação não é positiva. Explico.


O curso de Comunicação Social, em todas as habilitações, é divido em projeto: todo ano, os alunos trabalham em cima de programas pré-estabelecidos e no final do ciclo apresentam os produtos elaborados a uma banca de professores. Os melhores (um de cada ano) recebem o troféu “Excelência” no Balcap. No fim, simples assim. No decorrer do ano, as coisas não são tão claras.


Com a concorrência desde o início, a comunicação entre os alunos, não se torna um aprendizado. Talvez quem criou essa disputa quisesse simular o mercado de trabalho, mas eu ainda acredito que no âmbito escolar as situações deveriam seguir um modelo mais harmonioso e pedagógico, seja na educação de base, seja no meio universitário.


Rubem Alves, um dos maiores educadores e psiquiatra deste país defende que a educação deve ser um jardim, onde todas as flores sejam harmônicas e não um túmulo, com alguns girassóis destinados a um único ser (veja o conceito completo no livro “Sobre o tempo e a eternaIdade). E eu acho que o Balcap comete essa mesma distorção com a comunicação.As turmas pouco se interagem, o foco fica apenas nos grupos, que buscam brilharem sozinhos. Eu não acredito na comunicação isolada, acho que uma das bases ainda é a imparcialidade, esta que os professores tanto proclamam, mas que nunca será realidade sendo os alunos rivais dentro do mesmo sistema.


Este ano o Balcap também teria premiação do melhor aluno e melhor professor. Não teve de melhor professor. Alguém sensato no meio percebeu que essa rivalidade não acrescentaria nada, a não ser um mal estar entre os mesmos. Mas não deixaram de premiar os melhores alunos, que segundo a doutora coordenadora do curso, é estabelecido tendo como base as notas e faltas. Lastimável!!!


Acredito que a interatividade entre os cursos de pedagogia e comunicação resolveria os problemas, em ambos os lados. A comunicação deve se atentar aos conceitos básicos pedagógicos e a comunicação pode ampliar as formas de ensino e didática das salas de aula.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Carta à um amigo

Eu preciso saber de você

Eu preciso saber se você continua com a mesma energia;
e se ainda ouve Leone com eletrônica.

Se continua com cara de folgado;
e depois faz até “crentinhas convictas” virarem sua fã.

Eu quero saber se você ainda tempera salada com shoyu e limão;
e se deita na grama na hora do almoço só pra ver como o mundo é grande.

Eu preciso ouvir seus conselhos furados de amor;
pra ter certeza que em “pares” eu tô mal, mas como amigo eu tenho o melhor companheiro

Eu preciso ver se você continua arrasando em ilustração gráfica;
só pra dar uns palpites no final.

Eu quero lembrar de umas músicas legais, pra pedir pra você baixar pra mim;
porque eu só sei baixar música pirata.

Eu quero dividir duas torres de chopp com você,
e depois mexer com os corintianos no trenzão da Zona Leste.

Eu quero um carro novo pra gente ir pro carnaval de Ouro Preto,
mas entre Arujá e Itaquá, o velho, com portas que abrem nas lombadas, é divertido.

Eu quero ir num ensaio de escola de samba novamente,
só não quero que você durma na estação e me largue na chuva.

Eu quero ouvir você reclamar dos amigos com aquele brilho no olhar,
pra eu também falar dos meus e no fim a gente entender que ama todos eles.

Eu quero que continue com a sua não-habilidade em release, juntar com a minha estranheza em tecnologia e montarmos a mais inusitada clínica do mercado.

Eu preciso de você pagando mico nas minhas paqueras.
Seja no elegante “Ããã, você tem horas?” ou no desastroso “Ahhhh, olha o Colcci ali”

Eu sinto saudades de ter você por perto na hora de escovar os dentes,
Pra me alertar da espuma esquecida na bochecha, no nariz e principalmente nos braços.

Eu quero ver você se indignar com a minha falta de carisma e de habilidade em chamar as pessoas de “meu amor” e de dar beijinho no rosto;
e me mostrar que um pouco de falsidade é questão de sobrevivência.

Eu quero continuar a ver autoridades se desmanchando na nossa frente;
só que dessa vez pagando-nos um pouco mais (afinal, ceninhas toscas só pagando bem pra gente assistir)

Eu preciso saber se você ainda consulta o horóscopo do Terra toda manhã,
porque o da Estrela Guia a gente já sabe que é furada.

Eu preciso de um amigo
...pra aprender a fazer coisas erradas.
...pra me ensinar a ser mais organizada.
...pra comer uma feijoada média.
...pra ouvir o meu “muito obrigado” à empréstimos de livros eletrônicos.
...pra dar um cueca samba canção bege no aniversário.
...pra colaborar (muiiiitoooooooo) no meu TCC

...eu preciso saber de você. Eu preciso de você!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Existe alguém mais belo do que eu?


Um conto moderno. Breve como deve ser...

Nos contos populares, o bem e o mal são bem definíveis. E na escolinha, as tias nos contam as historinhas pra gente seguir o bom exemplo. Sejamos Brancas de Neve, Cinderela, Patinho Feio ou qualquer outro bom exemplo.Mas que fique bem claro, isso é só na infância.

No mundo adulto, a história inverte e o treino é pra ser mau. Os líderes em consultoria, em marketing pessoal, em gestão de mercado, sugerem que você seja o líder. E dão dicas...

Observe o comportamento do adversário e seja melhor. Cresça em cima das limitações do outro. Invista no que tem de melhor pra se destacar.

Existe alguém mais belo do que eu ??? Adapte essa pergunta clássica do conto da Branca de Neve e faça exatamente como a bruxa. Derrote o inimigo.

É o que sugere os contadores de história do mundo moderno.

sábado, 15 de agosto de 2009

Não preciso mais de diploma. E agora?

No estudo do direito, existe o termo vitimologia. É o estudo sobre a vítima. No caso do diploma do jornalismo, graduandos e graduados da área adotaram, voluntariamente, a postura de vítima diante das autoridades responsáveis pelo novo “padrão jornalístico”.

O imediatismo das ações de grande parte dos jornalistas, traduzidos em revolta e indignação, mostra que os mesmo não realizam, talvez a principal, missão jornalística: a da reflexão. Pensamentos são livres, mas ao defender a necessidade do diploma, se defende uma causa, e assim, é necessário pensar no coletivo.

Dentre as áreas da Comunicação Social, a do jornalismo é a menos valorizada. Seja nas atribuições, no mercado de trabalho, no piso salarial. E coincidentemente, era a única onde se exigia a obrigatoriedade do diploma.

A não obrigatoriedade do diploma tende a tornar o curso mais pluralista. Leva as universidades a repensarem a grade curricular e a baixar os valores da mensalidade (hoje considerado um curso pra elite). Sendo um curso mais acessível, suas habilidades e competências se tornam mais popular, fazendo com que a população brasileira entenda a função de um jornalista em qualquer processo de comunicação e não sintetize a profissão em apresentadores do Jornal Nacional.

A exemplo do curso de Administração, onde não se exige diploma para atua na área e hoje é um dos cursos universitários com mais chances de ingresso e progresso no mercado de trabalho, devido à popularização de sua importância, esse novo regimento jornalístico contribui com a situação dos jornalistas - não necessariamente com o jornalismo!

O fato de não exigir mais diploma, não muda as habilidades exigidas. E quem optar por cursar um curso não obrigatório, não pode se considerar vítima da situação e sim, uma autoridade no assunto.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Questão de planejamento

Talvez seja agora nesta sexta. Isso se tudo der certo e eu conseguir mesmo trocar o feriadão pela idolatrada sexta-feira.

Mas aí, tenho que ver se não vai chover e se eu vou conseguir resolver os lances do TCC.

E também achar um local apropriado. Não pelos formigueiros, não tenho frescuras. Mas é que num canteiro de avenida é meio arriscado.

E tem também a companhia. Ta tudo mais ou menos combinado com uma amiga. É que sozinha é meio problemático e “benhê” estão escassos.

Depois vem a (sempre presente!) questão da grana. Ora, tenho todos os adereços e comprometimentos que um ser humano tem que assumir antes de investir em infantilidades ué.

E tem as explicações, claro. Sair, esse horário, pra quê? Todo planejamento exige explicações claras.

E mais explicações, sobre companhia. Chamar este e não o outro. Ele é mais seu amigo? Não gosta daquela companhia?
Elaborar um porquê objetivo, para não desagradar amigos e oportunidades. Ok, anotado!

E aí, se tudo der certo, se eu conseguir cumprir os prazos dos outros, justificar as minhas escolhas, o tempo colaborar, o Zaqueu me atender...

é só viajar e procurar um lugar pra...deitar na grama!!!


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu sei quem você é

Quem é você que chegou depois de mim?
Quem é você que chegou depois de todos?
Quem é você que chegou tão cedo?

Quem é você na minha fantasia?
Quem é você na minha realidade?
Quem é você na minha vida?

Quem é você de manhã?
Quem é você no fim da tarde?
Quem é você no seu tempo?

Quem é você pra você?
Quem é você pro mundo?
Quem é você entre eles?

Energia das minhas manhãs, aconchego do meu fim de tarde.
Chegou e nem entrou, mas pra sempre já ficou.
Sorrisos, olhares e disfarces. Nuances, cores, contrastes.

De que importa tantas estações, se o caminho é um só?

Mais um pedaço

Não tenha medo de crescer devagar, só tenha medo de permanecer imóvel”

Eu gosto muito desse pensamento. E é um dos que mais justificam meu atual momento. E também a minha ausência neste blog.

Estou crescendo. E não vou negar que por muitas vezes isso dá medo.
Sei que medo não é legal, não é benéfico e muito mal visto profissionalmente. Mas é inevitável.

Dá medo ver que de repente a responsável por sua vida é só você mesmo. Pra quem sempre cresceu cercada de esforços e mimos, de repente se ver nessa selvageria dá medo.

Dá medo não conseguir “cumprir os prazos”, afinal, a gente tem que dar sempre o melhor de si, ser só você não basta. Ainda mais quando se é mediana!!!

Dá medo saber que pessoas podem partir; e não sair do seu mundo. Dá medo saber que o amor não é sempre.

Dá medo imaginar o amanhã. Dá medo imaginar o hoje. Dá medo não viver.

Apesar dos medos, angustias, desesperos e despreparos, tenho que assumir que o crescer está me fazendo bem.

Sair do meu estado de conforto, dar a cara e coração ao mundo, é muito doloroso, mas traz leveza. Eu não sei explicar. Mas sei sentir. E sei ouvir. E estou aprendendo a olhar.

Estou mais esclarecida, mas consciente, mais humana. Acho que a minha maior conquista foi saber admitir meus medos, minhas limitações...E dar tempo ao tempo.

“Ruim não é ter medo. Ruim é o medo de sentir medo”

quinta-feira, 7 de maio de 2009

oferta

Tem pessoas que um simples OI me cansa tanto;

Outras eu "planto bananeiras" (com aspas ou sem), facinho, facinho!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Fora da Forma

Ah, o óbvio. Este meu fiel companheiro. Ele à frente de tudo neste mundo; eu lá atrás. A bola gira e sempre nos deixa lado a lado

Há coisa mais obvia do que relações? Sejam elas comerciais, amorosas ou de inimizade. Tudo segue protocolos.

Amigo faz bem, inimigo faz mal, contratos dão lucros, namorados se amam. As vezes até é assim, mas só as vezes.
Por mais que os humanos tentem não conseguem enquadrar as coisas neste mundo redondo.

Eu não sei dizer quem são meus amigos, meus inimigos, chefes, amores ou paixões. Talvez todos representem tudo em algum momento.

Que mania sem graça essa de ter que nomear tudo. Eu não quero relações etiquetadas.
Pessoas me fazem bem e isto me basta. Ainda que poucas.

Eu não quero saber o que representa o carinha que eu liguei sábado a tarde pra saber se estava bem. Nem aquele que eu tanto desdenho diariamente.

Eu não sei se o colo que eu ofereci na noite estrelada daquela segunda significa que somos amigos. E nem se as lágrimas que eu tirei dos olhos de alguém, criou um inimigo.

Também não me preocupo se as minhas três estrelas conseguem ter o mesmo reflexo sobre mim. Elas sempre serão a luz na minha vida.

O que você representa pra mim eu não sei. Só sei que é especial. E você também sabe. Pessoas especiais pra mim, sabe que são.
Talvez sejam os únicos que passam por aqui. E isto mais uma vez me basta.
Não quero gritar para o mundo. Quero é mesmo curtir o prazer de compartilhar segredos em meio a multidão. Bem o que faço por aqui. Uns textos jogados ao mundo, entendido por meia dúzia de queridas pessoas.


Eu também não sei o sentido deste texto. Talvez o único que faça jus ao nome deste blog.

DESINFORME. Nada aqui está na forma...

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

lalalalala

A música que toca hoje é a mais bela, a mais sensata, a mais harmônica.

Obrigado!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Experiência que vale a pena


- Não vou usar isso que vão rir de mim.
- Do que será que aquele pessoal está rindo?
- Tem alguma coisa de errado em mim?
- Putz, vai pagar este mico?
- Eu não sou palhaço!!!

Quem em algum momento já não sentiu a aflição dos momentos acima. Faz parte dentro de uma sociedade que instituiu o riso como uma gozação.

Participar de um retiro de palhaço é desaprender boa parte do que vc aprendeu. E aprender a ser vc mesmo. Sem medo!!!

E tudo sem sessões de terapia, psicologia ou coisas do gênero. A formula é simples: casa, natureza, aconchego e amigos. Sim, mesmo que vá sozinho, é certo que sairá de lá com amigos.

São dias, massagens, brincadeiras e descobertas que podem não garantir uma grande atuação no picadeiro, mas lhe conferem muito mais energia e verdade para atuar no palco da vida!!!

Acesse: http://www.retirodepalhaco.blogspot.com/
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Eu provei deste nariz. E recomendo!!!
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mergulho

Eu gosto de estar em paz. Mas confesso que a raiva, por muitas vezes, muito me satisfaz. Quando o sangue começa a ferver, as idéias entram em ebulição. Um turbilhão de sentimento é reativado e os mais verdadeiros são esquecidos. Conhecer o contrário de mim, me olhar pelo avesso.

Sentir a raiva, o nó de garganta e o desfecho logo em seguida. Conviver com o olho surpreso das pessoas, que tem um medo absurdo do vermelho.

Gritar um grito tão silencioso, tão intenso que todos os sentidos possam entendem.

Mas o meu maior prazer não é os outros, nem as cumplicidades, nem a solidão compartilhada. É o meu momento “umbiguismo”. O meu total encontro com todos os meus “eus”.

E sem mais idéias. Estou num mergulho bem longe daqui.
Mas ainda mantenho o snorkel.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Insônia

Dizem que é quando o sono não vem. Mas eu acho que é muito mais.

É quando o sono vem acompanhado de sentimento. Traz doses de nostalgia, de mudanças, de conflitos, de indecisões disfarçadas de decisão.

É quando a certeza do sono é substituída pelas incertezas da alma. Que te faz revirar o arquivo de fotos, de memórias, e agora no mundo moderno, de e-mails.

É ligar a tv, desligar a tv. Ligar o som, desligar o som. Ligar o pensamento e não desligar o coração. Este que muitas vezes eu faço questão de sufocá-lo. Ah menino, aproveita desta minha insônia pra dançar.

É escrever este texto com um monte de “É”. E pior, ter que agüentar as interrogativas que estes “ÉS” trazem.

É ter a certeza que o “é – não é”, ao menos nessa noite não vai sair da minha cabeça. E vai consultar o coração...

domingo, 5 de abril de 2009

O revés do domingo

Domingo, dia que ninguém gosta. E que eu gosto, sem grandes motivos. Talvez o hábito de ser do contra, se manifeste até nos dias de nada, nos domingos.

E ainda por cima, chove. Uma das minhas maiores paixões. Mas eu não estou aqui. É domingo, tem chuva, mas não me tenho.

Fujo, mas queria estar lá. Queria estar na varanda, fumando, bebendo e viajando. Mesmo que eu não fume, beba pouco e fique apreensiva com aquela casa de maribondo no canto da varanda que teimam em dizer que é coisa da natureza.

Às vezes me irrita a harmonia. Aquela casa bagunçada, o cabelo despenteado, o carro amassado, as contas sem pagar, a geladeira quebrada. Tudo numa desordem, num aconchego, numa insistência praticável.

A musica, os gostos, os SAPATOS, a tranqüilidade, a ironia. Nada me admirava. Mas tinha a paisagem. E aí esquecia tudo. Porque não era aquilo. Era só adiante.

Foi a distancia mais perto possível. A visão mais oculta. A longevidade mais criança.

Mas é domingo. E hoje o teatro não funciona.
Ta chovendo e não dá pra tomar sorvete naquela praça, olhar pro alto e esquecer todos os lados.

Domingo. Acho que hoje não é mais nada mesmo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Chavez

Inimizade pode ser apenas falta de conhecimento.

Amizade também.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Dia do Circo


27 de março é data que homenageia o dia do circo no Brasil. É bom eu marcar bem, ter arquivos, fotos, estudar, porque circo neste país vai ser estudo de pesquisas sobre “Arte Primitiva” que meus filhos vão estudar. Lamentável.

Neste dia cumprimento os poucos artista circenses do nosso país, não somente pelo brilhante espetáculo no palco, mas pela atuação na vida.

O circo só não será plenamente esquecido, porque virou referência de cenário para a política brasileira. Mas não vou falar muito disso, porque não gosto de clichês. Prefiro me alimentar da esperança das singelas palhaçadas dos iniciantes.




Alunos da Creche Municipal Maria Pires Parra - Itaquaquecetuba - SP

Risos, mágicas e muita alegria pra quem quiser!!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Desligada

Eu preciso parar de rir a toa. De levar bronca e rir, de cair e rir, de me enganar e rir.

Eu preciso tirar esse riso fácil do rosto, arrumar as coisas e ir à luta. Eu tenho que parar com essa simplicidade.

Tenho que aprender que a vida é muito mais que o sol a iluminar meus passos e a chuva para lavar minha alma.

Tenho que desacreditar da ingenuidade das pessoas e entrar logo neste jogo. Abandonar esta certeza de que no fim tudo dá certo.

Preciso aprender a sentir dores porque a vida não pode ser toda boa. Eu preciso ter cicatrizes; e que elas doam ao invés das cócegas que tem feito.

Saber que o dinheiro tem que ser a razão do meu suor e não os tantos prazeres de hoje.

Querer mais e não me contentar com os meus poucos amigos e infinitos amores.

Não saber planejar, comprar, gastar e parar com essa mania de chegar ao fim do mês com dinheiro e não participar das aflições coletivas.

Eu preciso urgentemente me ligar e começar a fazer parte deste mundo!

domingo, 22 de março de 2009

Tecnologia

Ele me excluiu do orkut

E eu, do msn.

Perdi meu celular, e junto, seu número.

Quem é ele já não mais importa;
me basta saber quem ele foi.

terça-feira, 17 de março de 2009

Liberte-se

Se liberte da independência e seja muito mais feliz

Viva a dependência!!!
Use e abuse dos seus amigos, dos seus amores, das suas paixões.

Faça com que seus amigos ocupem grande parte do seu tempo, que te arranquem muitas risadas, a todo momentos, nos lugares mais inconvenientes...Até que vire bronca, mal comentários, lenda!!!

Dos amores, exija atenção. Faça com que te vejam, te ouçam, te sintam, e vire dependente de tudo isso.

Escancare os seus desejos, mostre a alma, se transpareça. Seja dependente da luz, da evidência.

E com as paixões, ah com essas ponha o coração e a cabeça para trabalhar. Curte a desarmonia entre esses dois e mantenha o brilho inquietador no olhar.

Amigos, amores e paixões...Dependências de uma liberdade real!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dou de Costas

Chega uma hora que você percebe que a vida pode ser tão simples como é quando você chega ao mundo.

Bebês choram, questionam, resmungam, e pouco se importam com a receptividade da platéia. Talvez eles saibam, mesmo que inconscientemente, que alguém estará ao lado deles. É a lei da convivência. Mas esta regrinha simples é esquecida com a chegada da nossa racionalidade.

A gente cresce e quer mostrar ao mundo à nossa opinião. Defender idéias, revolucionar, brigar. Tudo certo, afinal a vida é feita de tentativas. Mas a gente também quer agradar e aí tudo entra em processo de “paralisação”.

Tenha opiniões, idéias, atitudes. E não se importe com os aplausos. Não viva e nem faça nada por alguns segundos de palmas.

Ouço, isto é aprendizado. Mas quando o som ouvido, nada tem a me acrescentar, e isto não significa que estou certa e os outros errados, dou as costas e saio.
Já quis impor minhas verdades, mostrar que estava certa. Bobagem...que eu só fui aprender depois de alguns sapinhos engolidos.

Essa simples atitude poupa o nosso tempo e dos outros. Com o tempo as pessoas aprendem que você não é a melhor companhia delas, que não está interessada em seu mundo e que alguma cordialidade como um cumprimento já basta para uma harmoniosa convivência.

Há quem diga que isso é falta de compreensão. Há quem ache falta de educação. E eu tenho certeza que é auto conhecimento.

Dou de costas. Simples, prático, eficaz...e nem tão doloroso assim.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Cavidade



O que é pra ser nosso ninguém tira:

C E L U L I T E.

Natureza

Preciso de uma cachoeira.
É que não acredito muito nessas coisas de benzedeira, igrejas e afins...

Alguém conhece uma boa pra me indicar???