No estudo do direito, existe o termo vitimologia. É o estudo sobre a vítima. No caso do diploma do jornalismo, graduandos e graduados da área adotaram, voluntariamente, a postura de vítima diante das autoridades responsáveis pelo novo “padrão jornalístico”.
O imediatismo das ações de grande parte dos jornalistas, traduzidos em revolta e indignação, mostra que os mesmo não realizam, talvez a principal, missão jornalística: a da reflexão. Pensamentos são livres, mas ao defender a necessidade do diploma, se defende uma causa, e assim, é necessário pensar no coletivo.
Dentre as áreas da Comunicação Social, a do jornalismo é a menos valorizada. Seja nas atribuições, no mercado de trabalho, no piso salarial. E coincidentemente, era a única onde se exigia a obrigatoriedade do diploma.
A não obrigatoriedade do diploma tende a tornar o curso mais pluralista. Leva as universidades a repensarem a grade curricular e a baixar os valores da mensalidade (hoje considerado um curso pra elite). Sendo um curso mais acessível, suas habilidades e competências se tornam mais popular, fazendo com que a população brasileira entenda a função de um jornalista em qualquer processo de comunicação e não sintetize a profissão em apresentadores do Jornal Nacional.
A exemplo do curso de Administração, onde não se exige diploma para atua na área e hoje é um dos cursos universitários com mais chances de ingresso e progresso no mercado de trabalho, devido à popularização de sua importância, esse novo regimento jornalístico contribui com a situação dos jornalistas - não necessariamente com o jornalismo!
O fato de não exigir mais diploma, não muda as habilidades exigidas. E quem optar por cursar um curso não obrigatório, não pode se considerar vítima da situação e sim, uma autoridade no assunto.
sábado, 15 de agosto de 2009
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