Domingo, dia que ninguém gosta. E que eu gosto, sem grandes motivos. Talvez o hábito de ser do contra, se manifeste até nos dias de nada, nos domingos.
E ainda por cima, chove. Uma das minhas maiores paixões. Mas eu não estou aqui. É domingo, tem chuva, mas não me tenho.
Fujo, mas queria estar lá. Queria estar na varanda, fumando, bebendo e viajando. Mesmo que eu não fume, beba pouco e fique apreensiva com aquela casa de maribondo no canto da varanda que teimam em dizer que é coisa da natureza.
Às vezes me irrita a harmonia. Aquela casa bagunçada, o cabelo despenteado, o carro amassado, as contas sem pagar, a geladeira quebrada. Tudo numa desordem, num aconchego, numa insistência praticável.
A musica, os gostos, os SAPATOS, a tranqüilidade, a ironia. Nada me admirava. Mas tinha a paisagem. E aí esquecia tudo. Porque não era aquilo. Era só adiante.
Foi a distancia mais perto possível. A visão mais oculta. A longevidade mais criança.
Mas é domingo. E hoje o teatro não funciona.
Ta chovendo e não dá pra tomar sorvete naquela praça, olhar pro alto e esquecer todos os lados.
Domingo. Acho que hoje não é mais nada mesmo.
domingo, 5 de abril de 2009
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